Capítulo 4
\Capítulo 4
Uma garrafa de vinho por 200 mil, mesmo que ela fosse corajosa o suficiente para experimentar, não teria dinheiro para pagar.
“Essa ideia é ótima, vamos fazer isso.” Carlos tomou a decisão pelo pessoal.-
Só para garantir, Olivia perguntou novamente: “Vocês têm certeza?”
“Claro, não perca mais tempo, sirva logo!” Carlos disse apressadamente.
Só então Olivia ficou mais tranquila para abrir a garrafa e caminhou até Rayan, rodeado por duas
gatas.
Ela pegou duas taças, colocou na frente delas e se inclinou para servir.
Mas ela não podia imaginar que, ao se inclinar, seu decote generoso e a saía subindo dariam um show à parte, prestes a revelar mais do que ela queria.
Daniel flagrou a cena e suas sobrancelhas se franziram quase sem perceber.
Olivia foi servindo Rayan, Vicente e as companhias de Carlos, uma a uma.
Assim que se endireitou, um sorriso profissional surgiu em seu rosto: “Por favor, degustem.”
As moças, ao receberem a permissão dos homens, pegaram as taças e tomaram um gole, todos elogiando: “Está uma delícia!”
As mulheres que frequentavam essas boates sabiam muito bem como agradar esse grupo de playboys.
Quem iria correr o risco de ser descartada por dizer que a bebida não estava boa?
Ninguém quer ser o alvo a ser abatido, essa era a regra do jogo.
“Ouviu, está delicioso, não vai servir o Sr. Daniel? Hoje, ele é o centro das atenções, se vacilar com ele, você não vai querer aborrecê–lo.” Carlos olhou para Olivia e ordenou.
Naquela noite, eles, os Quatro Jovens Senhores da Capital, haviam se reunido porque Daniel tinha acabado de voltar ao país e estavam ali para comemorar.
Olivia entendeu rapidamente e caminhou até Daniel com a garrafa, curvando–se para lhe servir.
Ela estava tão focada em não cometer erros que não percebeu o quão intensamente ele a observava enquanto ela se inclinava.
Ao terminar de servir, ela levantou os olhos, respeitosa e educadamente: “Senhor, por favor, saboreie a bebida.”
Seu olhar se encontrou com o dele, profundo como um abismo, cortante como uma espada, e ela sentiu seu coração acelerar de medo.
Ela rapidamente começou a pensar o que poderia ter feito de errado para atrair um olhar tão afiado.
“Senhor, está tudo bem?” Olivia perguntou com uma voz tão tímida e cuidadosa que soava como
um sussurro.
Capitulo
Para Daniel, aquilo soou como os gemidos doces de uma mulher, muito parecidos com os de cinco
anos atrás.
Naquela noite, a voz da mulher era doce e frágil, como o canto de um pássaro.
Por que a voz desta mulher parecia tanto com a dela?
Cinco anos atrás, lutando com inimigos em um helicóptero, ele havia sido drogado e lançado para fora da aeronave. Depois de ter se encontrado com uma mulher, ele foi para um outro país a fim de se tratar, permanecendo lá e somente retornando ao país hoje.
No entanto, ele havia mandado seu secretário ir em busca da mulher no dia seguinte, mas ele voltou com a notícia de que ela tinha morrido esmagada por causa do teto que havia desabado.
Será que ele estava enganado, e que era apenas uma semelhança na voz, e não ela?
Olivia, notando o olhar dele como o de uma fera pronta para atacar, se arrepiou de medo.
Ela levantou apressadamente, tentando se afastar dele.
Mas, ao se levantar tão rápido, ficou tonta, perdeu o equilíbrio e caiu para a frente, indo direto para os braços dele, e para piorar, seu rosto tocou o dele.
O rosto do homem era firme e quente, e o calor passou da bochecha de Olivia para o coração, fazendo com que ele palpitasse loucamente.
Os outros três, ao verem tudo aquilo, começaram a provocar: “Ih alá, Sr. Daniel, o amor está ao lado.”
“Meu Deus do céu, garota, qual é o seu nome? Você é mais corajosa do que um leopardo.”
“É isso mesmo que eu vi? Sr. Daniel foi derrubado por uma mulher? Nossa, não vou esquecer isso nunca mais.” This text is © NôvelDrama/.Org.
Olivia entrou em pânico, tentou se levantar, apoiando–se no peito dele, mas totalmente confusa, errou o movimento e caiu novamente em cima dele, com o rosto batendo no dele mais uma vez.
Ela ficou ainda mais apavorada: “Me desculpe, não fiz por querer…”
Ela estava com tanto medo que perdeu as forças para se levantar, e estava a ponto de rolar para o
sofá.
Mas assim que ela fez força para sair, ele segurou seu pulso com firmeza.
Ele tinha um olhar frio e um semblante firme, mas com um pouco de excitação quase imperceptível: “Qual é o seu nome?”
Até aquele momento, ele ainda estava duvidando se ela era mesmo a mulher daquela noite. Mas o seu rosto macio, suave e até levemente doce ao toque, despertou desejos profundos que ele guardava há muito tempo.
Apesar de não ter visto muito bem o rosto da mulher naquela noite, ele tocou seu rosto ao partir, gravando aquela sensação única que tanto lhe agradara.
Como poderia existir outra mulher que lhe pudesse provocar o mesmo sentimento?
Com sua força enorme, fruto de anos de treino e agora exacerbada pela emoção, Daniel não percebeu o quão apertado segurava o punho dela.
Capitulo 4
Olivia sentia que os ossos do seu punho poderiam se quebrar, cheia de dor e pânico.
Ela havia tropeçado e caído em cima dele por duas vezes, com certeza o tinha deixado nervoso.
Ela tentou se explicar rapidamente: “Senhor, eu sou apenas uma garçonete, vim entregar o pedido e oferecer vinho, não tinha nenhuma intenção de seduzi–lo, eu realmente perdi o equilíbrio, eu
realmente peço desculpas pelo incômodo.”
Ela tentou soltar sua mão com força, mas ele não a soltava, e a dor a fez começar a chorar.
Os olhos frios e profundos de Daniel a observavam: “Responda a minha pergunta, qual é o seu
nome!”
“Teresa Rocha.” Olivia deu o nome que usava para este trabalho, que era o da sua mãe, porque assim o pagamento iria direto para a conta dela, facilitando a compra de coisas para os pequenos.
Um tique passou pelo olhar de Daniel, e ele acabou soltando a mão dela.
No vilarejo onde ele havia caído, todos tinham o sobrenome do Souza.
Já solta, o coração de Olivia batia descompassado, enquanto se curvava em reverência: “Senhor, aproveite a refeição, vou me retirar.”
Após dizer isso, ela se virou e saiu apressadamente.
Preocupada que o homem do camarote V8 pudesse vir acertar contas mais tarde, Olivia correu para falar com o chefe, pegou a comissão pela venda do vinho e o cachê da hora extra, e saiu do Mundo Nublado.
De volta ao camarote V8, Carlos percebeu a atenção especial de Daniel pela mulher e disse: “Sr. Daniel, quer que a gente a traga até você?”
Um olhar afiado de Daniel era tudo o que ele precisava: “Você é o que mais está desocupado, a vaga para carregar tijolo na obra ainda está aberta, que tal…”
“Tudo bem, não vou dizer mais nada, Sr. Daniel. Esse vinho é realmente muito bom, experimente.” Carlos ficou calado, pegando a sugestão.
Daniel não tocou no vinho, preferiu sair do camarote e ligar para o chefe da segurança.
“Você tem certeza de que aquela mulher que eu mandei você procurar há cinco anos atrás, morreu?” A voz de Daniel era fria, mas cheia de esperança.