Capítulo 18
Capítulo 18
Capítulo 18
Na mesa ao lado, um homem visivelmente embriagado balançava a cabeça e tropeçava em direção à saída, falando enquanto caminhava: “Nossa, viram aquela mulher na entrada? Uma verdadeira parada obrigatória! Que elegância, que charme, impressionante!”
Seu amigo ao lado rebateu: “Esquece, parceiro. Uma mulher assim é muita areia para o seu caminhão. No máximo, você poderia ser o chofer dela.” Published by Nôv'elD/rama.Org.
“Haha, eu até dirigiria sem cobrar! Só para ficar perto dela!”
Noe apertou os olhos levemente, e ao erguer a cabeça viu Inês ali parada, exalando um ar gelado, com olhares indiferentes e traços faciais deslumbrantes que demonstravam distância e frieza. No instante em que seus olhares se cruzaram, um lampejo de pânico surgiu em seus olhos.
Ali estava Noe, parado, trajando uma camisa branca de corte moderno, calças de alfaiataria impecáveis em pernas retas, calçando sapatos da Balenciaga, uma mão segurando as chaves do carro e a outra, um casaco. Seu rosto bonito e rebelde era adornado com dois brincos de diamante negro na orelha esquerda, complementando o brilho sombrio de seus olhos. Ele ficou na entrada, majestoso e dominante, fazendo com que os transeuntes olhassem para trás incessantemente.
Ele possuía essa aura, inerente, que capturava a atenção de todos. Com traços atraentes e misteriosos, e uma presença grave e profunda, ele fascinava todas as mulheres, que desesperadamente queriam se jogar em seus braços.
Diziam que Noe era o objeto dos sonhos de todas as mulheres da cidade, então, quando, há cinco anos, ele uniu–se a Inês, parecia que todas as mulheres da cidade. tiveram seus corações estilhaçados.
Elas aguardavam ansiosas pelo espetáculo e, cinco anos depois, quando Inês foi mandada por ele para a prisão, muitos comemoraram às escondidas.
Noe era, sem dúvida, perfeito em todos os sentidos: família, riqueza, posição. Mas em termos de amor, nunca havia oferecido a Inês nem um pingo de compaixão. Inês se sentia devastada, aquele homem não era seu, mas ela acreditou que, se perseverasse, poderia alcançá–lo. Enganou–se por inteiro cinco anos, carregou a culpa por outros cinco – uma década ao todo, até finalmente perceber que nunca teria algo com ele. O custo dessa realização foi a ruína e a perda de tudo o que possuía.
Capitulo 18
Noe e Inês se encaravam na entrada, separados pela multidão que passava, como se pudessem atravessar esses rostos desconhecidos e retroceder no tempo, para um momento distante, para um amor imortal.
Ele ainda era o amor de sua vida, e ela ainda era a luz dos olhos dele.
Como chegaram a esse ponto? Afinal, quem manipulava tudo por trás?
Inês afastou seus pensamentos dispersos e observou Noe se aproximando, passo a passo. Ele brilhava com uma nobreza estelar, ofuscando todos ao redor, até se posicionar diante dela.
Quando o rosto perfeito dele se aproximou, Inês constatou tristemente que seu coração já não ardia com o antigo fervor.
Noe, será que você sabe que, desde minha juventude, até agora, te amei por quinze anos, aguentando toda a dor deste mundo?
Ela lançou um olhar a Noe e desviou o olhar, enquanto ele, ao seu lado, comentava de forma despretensiosa: “Esperou muito?”
“Não muito, uns dez minutos.”
Inês sorriu de forma encantadora, tão natural que ninguém poderia apontar uma falha. Mas era exatamente essa postura que fazia Noe se sentir desconfortável.
Antes ela sempre era doce e cordial, com um olhar cheio de amor. Agora, seus olhos pareciam buracos negros secos, onde o orgulho do passado tinha caído e sido engolido, transformando–se em nada.
Noe sentiu um tremor em seu coração, mas controlou a voz para dizer: “Vamos subir, venha comigo.”
Dito isso, estendeu a mão para apertar o botão do elevador. No momento em que as portas se abriram, ninguém mais ousou entrar com eles.